quinta-feira, 25 de junho de 2009

CHANEL




Gabrielle Chanel, nasceu em 19 de agosto de 1883, em Saumur, na França. Filha de um vendedor ambulante com carácter duvidoso, perdeu sua mãe cedo, por se submeter à trabalhos árduos e maus tratos do marido. Aos 12 anos foi para um orfanato de freiras. E aos 18 para um internato de moças de boa família. Vivia sem nenhuma regalia e depois das aulas, era obrigada a esfregar as escadas. O seu carácter foi marcado, pela falta de afecto e pela vida de miséria que viveu em sua juventude. Tornou-se uma mulher dura e fria, que aprendeu a sobreviver à muitas coisas.
Trabalhou em uma loja têxtil, mas seu verdadeiro sonho era ser cantora de cabaré. Começou a cantar em um café-concerto chamado La Botonde, e duas músicas, Qui qu`avu coco e Ko-ko-ri-ko, forma as que deram a ela seu apelido, Coco. Tornou-se amante de um herdeiro de uma industria têxtil, pois entendia que se quisesse subir na vida, tinha que pagar algum preço por isso. Então, aos 25 anos, mudou de cidade e de vida, passou a frequentar eventos, como apresentações de dança e a observar as vestimentas tanto das bailarinas, quanto das espectadoras. Chanel não se encaixava nesse estilo, pois já se vestia de uma forma andrógena.
Ao começar a ver o quanto seu estilo era diferente, as mulheres começaram a gostar e a questionar de onde vinham, os seus chapéus e seus casacos. Chanel então percebeu que podia ganhar alguma coisa com isso. Logo conseguiu acabar com o estilo acomodado da elegância e mostrar que para ser elegante bastava transformar pouco em muito.
Conseguiu de seu amante, Balsan, um apartamento em Paris e abriu uma chapelaria. Logo, Balsan, foi trocado por Arthur Capel, que Chanel mesmo diz que foi seu grande amor. Tornou-se uma mulher de negócios. Abriu mais duas lojas, agora já com roupas, como blazer de flanela, saias acima dos tornozelos, que foi um escândalo para a época, todas as roupas remetiam às senhoras que às usavam, a juventude.
Chanel libertou as mulheres do espartilho e queria também libertá-las da dependência que tinham dos homens.
Era muito perfeccionista, suas modistas e suas manequins sofriam muito ate que a roupa chegasse ao ponto em que ela queria.
Criou o uniforme para as noites dessa nova mulher que estava surgindo, o vestido preto. Que era desportivo e deixava a mulher livre e bem a vontade para dançar o charleston a noite toda. Foi chamado pela Vogue de Ford da moda e até hoje é usado, em seus diversos modelos para eventos, coquetéis e jantares no mundo todo.
Mademoiselle Chanel, como gostava de ser chamada, foi amiga de vários artistas, como Picasso e Diaghilev, e saia para se divertir com todos eles, satisfazendo todas as vontades e necessidades que passou durante sua juventude.
O uso de bijutaria na moda começou a ser usada por Chanel, juntamente com colares valiosos que ganhava de seus vários amantes. Assim como as calças para mulheres.
Chanel sentiu seu mundo ruir, quando a Segunda Guerra Mundial estava em eminência, e em 1936 foi expulsa de seu atelier por trabalhadoras em greve. Sentindo-se abandonada, Chanel fechou a empresa e despediu todos os seus colaboradores, ficando assim vendo seus colegas estilistas, Dior, Balenciaga e Fath ditarem a nova moda.
A venda de seu perfume que foi seu grande sustento depois do fechamento das lojas caiu. Foi nesse momento, que com 70 anos, resolveu regressar a moda, sendo um grande fiasco em sua primeira apresentação de regresso, pois apresentava uma retrospectiva melancólica, do que um dia foi Chanel. Só duas temporadas mais tarde que conseguiu regressar, com seu novo tailleur, que todas as mulheres queriam ter.
Morreu em 1971, e seu arsenal criativo, ficou para Karl Lagerfeld, que criou o duplo C nos anos 80, e resisti até hoje.


Video ao vivo do Louis Armstrong - What a wonderful world



Abaixo é um editorial da Chanel produzido dentro do estúdio de fotografia da UNIFRAN:


Créditos:
Styling/Produção/Coordenação: Adriana Yoo, Fernanda Ester, Ligia Malagutti, Tais Fernandes, Vanessa Ewbank e Walquiria Antonieti


Modelos: Carolina Briglia Maia e Cynthia Amancio

Fotógrafas: Adriana Yoo e Walquiria Antonieti

Direção de Arte: Adriana Yoo












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